De olho no câncer infantojuvenil
Quando falamos em câncer infantojuvenil, diversos sentimentos vem à tona. Medo, apreensão e tristeza são reações muito comuns, principalmente quando pensamos na possibilidade de lidarmos com a doença em nossas famílias.
Porém, todos podemos, com informação e atenção, substituir a negatividade pela esperança, contribuindo para o avanço do diagnóstico precoce. Como sabemos, descobrir o câncer infantojuvenil no início pode elevar muito as chances de cura.
Por isso, ficar de olho nos sinais da doença é essencial para salvar vidas!
Conheça os principais sintomas
Na fase inicial, os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil podem se assemelhar aos de outras doenças comuns da infância. Por isso, é muito importante sempre avaliar as queixas das crianças e manter um acompanhamento regular com o médico pediatra.
Fique atento aos sintomas mais frequentes e faça a diferença:
Confira também o vídeo e compartilhe com pais, mães e responsáveis por crianças e adolescentes que você conhece:
O que é o câncer infantojuvenil
O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais. Diferentemente do câncer em pessoas adultas, o infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, mas pode ocorrer em qualquer lugar do organismo.
Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores nas crianças e adolescentes são constituídos de células indiferenciadas, o que comumente proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.
Os tipos de câncer mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os tumores que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
Também são frequentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e osículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Assim como na maioria dos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
No entanto, nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer infantojuvenil foi extremamente significativo. Hoje, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles tem também boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Com informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
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Informações importantes
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados, no Brasil, 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis (4.310 em homens e 4.150 em mulheres).
Ao contrário de muitos cânceres de adultos, os fatores de risco relacionados com o estilo de vida (como o tabagismo, por exemplo) não influenciam o risco de uma criança desenvolver câncer.
Muito raramente uma criança pode apresentar alterações genéticas que as tornem propensas a ter um certo tipo de câncer.
Nesse sentido, não existem também evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e os fatores ambientais. Logo, a prevenção é um desafio para o futuro.
Nossa maior missão é, juntos, lutarmos pelo diagnóstico precoce e pelo tratamento adequado para cada criança e adolescente com câncer.
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O diagnóstico do câncer infantojuvenil
O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto e precoce. Para isso, é necessário um laboratório confiável e o estudo de imagens.
Nos tumores sólidos, um estudo de imagem orienta para o procedimento inicial a ser realizado: algumas vezes é possível abordagem cirúrgica para a ressecção completa do tumor.
Quando não for possível, é realizada uma biópsia para fornecer o diagnóstico histopatológico e o início do tratamento por quimioterapia. Nestes casos, a ressecção do tumor ocorrerá em um segundo momento.
Nesse sentido, não existem também evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e os fatores ambientais. Logo, a prevenção é um desafio para o futuro.
Dessa forma, atualmente é possível evitar cirurgias que causem muitos danos ao paciente, mantendo boas chances de cura. Somente em algumas situações muito específicas, o exame de imagem é suficiente para iniciar um tratamento.
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Os tratamentos atuais
Pela sua complexidade, o tratamento do câncer infantojuvenil deve ser feito em um centro especializado. Compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença.
O tratamento é planejado de acordo com o diagnóstico do tumor, as suas características biológicas e a presença ou não de doença à distância do tumor.
O trabalho coordenado de vários especialistas também é determinante para o sucesso do tratamento.
Tão importante quanto o tratamento do câncer em si é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral de suas famílias e das pessoas que a amam. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Nesse sentido, deve ser dado suporte psicossocial ao paciente e aos seus familiares desde o início do tratamento.
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A vida depois do tratamento
Com as boas chances de cura da doença, muitos pacientes com câncer na infância e adolescência são sobreviventes a longo prazo, chegando com saúde à vida adulta.
É muito importante que a pessoa que passou pelo câncer infantojuvenil continue o acompanhamento clínico por um tempo maior, de acordo com a orientação médica, para o reconhecimento precoce e cuidado apropriado de possíveis complicações que venham a surgir.
A abordagem multidisciplinar do paciente é parte integrante do tratamento oncológico.
Depoimentos Especiais
No vídeo a seguir você confere os depoimentos de mães de crianças e adolescentes que enfrentaram o câncer. Elas nos contam a importância de estarmos atentos aos sinais da doença, não minimizando as queixas dos pacientes.